A VARIG então recém fundada (7/5/27) acabara de se desfazer da frota dos Hidroaviões, com o afastamento do Syndikat Condor, tendo o Governo do Estado assumido a compra das ações, ficando responsável pela introdução dos aviões terrestres, o que tardava a acontecer O desinteresse do Estado em cumprir o acordo transformava a Varig numa empresa aérea sem aviões, ameaçada de extermínio.
Em 15 de agosto de 1930, a cidade foi sacudida com o roncar do primeiro avião da Varig. Era um Junker JR 80 pilotado por Franz Nuelle, tendo como passageiro, o diretor Otto Ernest Meyer. Um público entusiasmado recepcionou os visitantes e a cidade viveu um clima de festa, Depois do reparo em um dos pneus foram feitos voos panorâmicos sobre a cidade,
A Varig passou a realizar dois voos semanais (23/ 02/;31), agradando a todos mesmo que fosse para um só passageiro, correspondência e pequenos volumes. Tudo parecia normal, quando sério desastre ocorreu. Perecendo o piloto da Varig em treinamento – Johan Kart Grave, ficando o instrutor cmte. Franz Nuelle gravemente ferido sendo necessário a amputação de uma das pernas. Estava novamente a Varig sem avião e também sem piloto, ameaçada de extermínio.
Empolgada com a possibilidade de usufruir do moderno meio de transporte (já havia oferecido campo de pouso com abrigo), a população de Santa Cruz do Sul via morrer a grande iniciativa. Ao invés de simplesmente lamentar, os cidadãos santa-cruzenses uniram-se em grande mutirão reunindo milhares de assinaturas num documento público entregue em mãos ao presidente do Estado, general Flores da Cunha, em Porto Alegre, com amplo arrazoado. Tal atitude sensibilizou os dirigentes. Depois de várias idas e vindas, finalmente, as novas máquinas foram adquiridas e entregues para a Varig.
A chegada do primeiro Junkers F-13 foi sucesso absoluto, levando no dia 10 de abril de 1932, uma multidão de curiosos ao aeroporto para saudar a tripulação. O sentimento de euforia contagiava o povo, comemorando uma nova era de progresso; Em agradecimento Otto Meyer teve um gesto grandioso. batizando a aeronave com o nome de Santa Cruz.
A ligação foi tão forte com a região e a confiança depositada no caráter de sua gente, que a Varig foi buscar lá o companheiro fiel e dedicado Harrry Schuetz, certamente, dentro da era Berta uma das, figuras mais importante da Varig e da aviação comercial brasileira.
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