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Mês: Dezembro 2022

VARIGUINHO

VARIGUINHO

Ode a Vida

No fascínio da personagem das histórias infantis, conquistando na raiz a força de uma mensagem singular  É  semente plantada em terra fértil que fez brotar  no nascedouro  paixão sem fim. marcando  tempo e  espaço o nome Varig e sua gente, como símbolo sempre presente, ultrapassando gerações

 

Nesse Natal,  através do Variguinho, levamos  mensagem de fé e esperança  na construção de uma obra que se eterniza, saudando àqueles que deram corpo e alma e ainda hoje  confraternizam, num momento de paz e amor  Na lembrança  dos muitos que nos deixaram, causando  a dor sentida da saudade – reverência que ultrapassa simples palavras. – ficam nossos  votos de contrição – a tristeza da alma  – “Meu Deus eu me arrependo  e confesso”

ICARO DE BORDO – FENÔMENO EDITORIAL (PARTE 1)

ICARO DE BORDO – FENÔMENO EDITORIAL (PARTE 1)

A partir de HOJE dois episódios vão revelar como e  porque uma revista de bordo tornou–se obceção nacional,  antes, com textos elaborados exclusividade para clientes  VIP dos jatos da Varig. Finalmente as página da Icaro desnudam o segredo dos textos, a beleza das fotos, numa diagramação exuberante., tendo como espelho uma das edições  mais apreciadas. nos anos 90.  

VOCE VAI SABER COMO E PORQUE UMA REVISTA DE BORDO PASSOU A SER LEITURA DE CABECEIRA  POR GENTE QUE JAMAIS  ENTROU NUM JATO DA VARIG  – tornando-se um verdadeiro “Case de Marketing” no gênero, jamais igualado.

GAL COSTA E A VARIG

Era recepcionada com honras de rainha pela tripulação 

A revista de bordo da Varig – Ícaro  era um presente apreciado (e colecionado) pelos passageiros, encantados pela leitura dos textos  e qualidade das fotos, que tornavam cada exemplar um  colírio para os olhos e um descanso para a mente. Uma das edições mais apreciadas (texto  Osmar Freitas Jr) trazia na parte superior da capa a targeta – Edição Mulher  e em close  mostrava  a imagede uma cantora que se apresentava assinando – meu nome é Gal. Ela conquistaria  o mundo, pelas asas da Varig, onde era recepcionada com honras de rainha pela tripulação. A Icaro tornou-se sucesso editorial nunca igualado no gênero. – No final você vai ficar sabendo como e porque.

GAL INTERNACIONAL – (Icaro – edição 72 – anos 90) Considerada por muitos como a maior cantora do Brasil, Gal Costa ganha o mundo com sua voz energética e limpa. É preciso dizer, para aqueles que ainda não a viram, que Gal Costa sempre foi sex symbol brasileiro. Tanto que aos 40 anos  foi convidada por uma revista masculina para mostrar -se nua. Aceitou o convite e fez o delírio dos fãs Num ensaio antológico –  mas que alguns consideraram um tanto pudico, ela revelou a boa forma que sempre manteve cativando as  plateias pelo mundo. De lá para cá, viveu um pouco longe dos palcos brasileiros. Investiu mais no mercado internacional. Fez tanto sucesso que o seu bit Balancê  foi escolhido pela radio do exército de Israel para abrir e encerar a programação diária. Esteve com Tom Jobim nos Estados Unidos, lotando teatros. Foi ao Olympia de Paris, deu a volta ao mundo levando a música  brasileira para palcos famosos. Também arrumou tempo para lançar uma grife de perfumes. Chamava-se GAL Mantém- se no comando dos negócios como autêntica empresária auxiliada pelo irmão Guto.

O show Plural, lançado em São Paulo, marcou o reencontro de Gal com os brasileiros: se é que alguma vez houve um distanciamento real. O espetáculo, considerado  um marco na carreira da cantora, vai percorrer o Brasil e depois ganhar o mundo (sempre nas asas da Varig) a começar pelos Estados Unidos. Para alegria de ouvidos acostumados com refinamento. Circunspectos executivos japoneses  –  corretamente trajados dentro do estilo clássico  ocidental –  deixaram de lado sua conhecida timidez oriental e invadiram o palco onde uma brasileirinha de  1.65 m e 55 quilos, cantava um frevo. Com os dedos erguidos e tentando acertar o passo da dança  nordestina, aqueles senhores fizeram um show à  parte. Um jornal local saudou o  excesso de entusiasmo dizendo : ” Um feitiço brasileiro levou a loucura nossos patrícios”.  O nome da feiticeira responsável  pela “quebra de protocolo” dos homens de negócio do Japão é Maria de Graça  Costa Penna Burgos, ou simplesmente Gal Costa, como é conhecida  na Europa ,África, Àsia e Américas, sendo a autêntica representante da música popular brasileira.

HOLANDA – “CARROCEL” QUE MUDOU O FUTEBOL

HOLANDA – “CARROCEL” QUE MUDOU O FUTEBOL

SELEÇÕES IMORTAIS – ENCANTARAM MAS NÃO LEVARAM

 

Nos anos 70 a Seleção da Holanda era cantada em prosa e verso, encantando por onde se apresentava, esmagando os adversários sem dó nem piedade .Com todo esse cartaz ela chegou para disputar a Copa de 1974 em Munique, na Alemanha Ocidental –  como franca favorita. Vinha coberta de glórias, reeditando o famoso estilo que o técnico . Rinus Miichels, implantara no Ajax O esquema lembrava uma versão melhorada da tática Húngara de 54

Carrocel – futebol total apelidado de “manada” onde dez defendiam e depois os dez atacavam sem posição fixa,. ocupando todos os espaços.

Chamada de Carrocel, porque os jogadores não tinham posição fixa e circulavam pelo campo buscando sempre o gol, a própria razão de ser do jogo. Era uma equipe extremamente tática –  bola rolando de pé em pé em jogadas ensaiadas com admirável talento coletivo.. Futebol bonito, harmonioso e eficiente insinuava ser orquestra regida pelo maestro  Johan Cruyff –  craque na acepção da palavra. Era uma proposta de jogo em que todos atacavam e todos defendiam Pressionavam o adversário no campo de defesa na saída da bola e atacavam com enorme velocidade, esbanjando  tiros potentes e enorme pontaria nos arremates, .Um conjunto que revolucionaria conquistando adeptos e criava para o futebol um cenário que encantava.

Johan Cruyff- a estrela carimbada desta constelação maravilhosa.

Em sua primeira partida na Copa de 74 a surpresa não ficou na vitória (2×0 contra o Uruguai) mas na confirmação de uma variação tática durante o jogo. Era comum os volantes no ataque, os meias como atacantes aumentando a pressão sobre  os adversários no seu próprio campo, coisa que aconteceu durante toda a Copa, sem uma formula  capaz de fazer parar a verdadeira máquina de triturar, Pela cor das camisetas, marca registrada do time, em homenagem a monarquia holandesa, recebiam a alcunha de “Laranja Mecânica” que se coadunava com o filme da época, sucesso de bilheteria no mundo.

A lendária Seleção da Holanda -da Copa de 74. Jogava por música transformando o campo de jogo num iluminado salão de baile, encantado em cada exibição – até o time alemão desligar as luzes e o sonho transformar- se em pesadelo . Restou a lembrança – maior do que os próprios vencedores.

A modernidade das ações logo se traduziu em resultados, como 4×0 ante a Argentina, (dois golaços de Cruyff) e 2×0 frente ao Brasil, que  trazia a fama de tricampeão do mundo do certame anterior, abatendo também a Alemanha Oriental pelo mesmo escore. O encontro decisivo  aconteceu no Estádio Olímpico de Munique, reunindo  Holanda e Alemanha Ocidental, com contornos gigantescos. No final, o time alemão liderado por Franz Beckenbauer e Gerd Muller conquistou uma vitória histórica pelo escore de 3×2,com golo nos últimos minutos, num lance polêmico, até hoje contestado pelos apaixonados do “Time Total”

O treinador Renus Michels – Maestro do conjunto holandês – cabeça pensante da tática que maravilhou, perdendo apenas na partida final (3×2) para os donos da casa com a validade do último golo até hoje discutida.

Mais uma vez, a sina de uma das maiores equipes da história do futebol mundial  de não vencer, endeusado pela crítica e amado pelo grande publico, virou lenda – Os perdedores até hoje ficaram mais lembrados que os verdadeiros campeões.

SELEÇÕES IMORTAIS

SELEÇÕES IMORTAIS

HÚNGRIA –  ENCANTOU MAS NÃO LEVOU

A seleção da Hungria chegou como franca favorita para a Copa do Mundo na Suécia em 1954. Ela revolucionou o esporte bretão  nos anos 50, estabelecendo os fundamentos técnicos do conjunto total, dominando no âmbito internacional, com seu notável esquadrão de ouro. A seleção chegou a ficar 36 jogos invicta num período de 6 anos, goleando a Inglaterra (6×3) no histórico  estádio de Wemblet, nas vésperas do caminho do evento mundial  E tinha tudo para levar avante o seu intento.

Considerada franca favorita a seleção da Hungria era conhecida como “Time de Ouro”- um  conjunto de craques que encantava o mundo, sem jamais ganhar uma Copa do Mundo

Além da inovação da esquema tático, mantinha também um invejável aprimoramento físico. Trocas de posição durante os jogos e mobilidade impressionante, eram características que se somavam a uma técnica apurada, com toque de bola que envolvia seus adversários de uma forma humilhante colocando os contendores na roda.- era um espetáculo quase circense que se juntava a uma objetividade avassaladora, com escores dilatados, difíceis de conter.

Gusztav Sebes, treinador da Hungria, inovou ao inverter o esquema inglês denominado M-W  para adotar o que ficou conhecido por W-W ,que daria frutos ao 4-2-4, graças a qualidade física dos jogadores e ao talento de craques como Ferenc Puskás, criando bastante movimentação, com passes certeiros e conclusão final de elevado nível. Na primeira fase venceu a Coreia  por 9×0 e estraçalhou a Alemanha  aplicando coleada constrangedora de  8×3. Nas quartas-de-final  bateriam o Brasil por 4×2 (batalha de Berna) vencendo em seguida o Uruguai, então campeão do mundo, pelo mesmo placar.

O capitão da equipe Ferenc Puskás comandou a fabulosa seleção Húngara com golos, passes e jogadas de pura habilidade com o pé esquerdo. Nem a derrota no jogo  final contra a Alemanha, lhe tirou o título de melhor jogador da Copa do Mundo de 1954

A ironia veio no jogo final, daquele mundial de 1954, que reeditou a partida entre Hungria x  Alemanha dos jogos  classificatórias. A Hungria foi derrotada por 3×2, com golo polêmico nos últimos minutos. Esta geração chegou ao final de 56, com a revolução  Húngara. Do grupo de oito vencedores da competição  somente o Brasil detêm a marca de ter disputado todas as edições, sagrando-se Penta Campeão. (2002) com craques como Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo.