A partir de HOJE dois episódios vão revelar como e porque uma revista de bordo tornou–se obceção nacional, antes, com textos elaborados exclusividade para clientes VIP dos jatos da Varig. Finalmente as página da Icaro desnudam o segredo dos textos, a beleza das fotos, numa diagramação exuberante., tendo como espelho uma das edições mais apreciadas. nos anos 90.
VOCE VAI SABER COMO E PORQUE UMA REVISTA DE BORDO PASSOU A SER LEITURA DE CABECEIRA POR GENTE QUE JAMAIS ENTROU NUM JATO DA VARIG – tornando-se um verdadeiro “Case de Marketing” no gênero, jamais igualado.
GAL COSTA E A VARIG
Era recepcionada com honras de rainha pela tripulação
A revista de bordo da Varig – Ícaro era um presente apreciado (e colecionado) pelos passageiros, encantados pela leitura dos textos e qualidade das fotos, que tornavam cada exemplar um colírio para os olhos e um descanso para a mente. Uma das edições mais apreciadas (texto Osmar Freitas Jr) trazia na parte superior da capa a targeta – Edição Mulher e em close mostrava a imagem de uma cantora que se apresentava assinando – meu nome é Gal. Ela conquistaria o mundo, pelas asas da Varig, onde era recepcionada com honras de rainha pela tripulação. A Icaro tornou-se sucesso editorial nunca igualado no gênero. – No final você vai ficar sabendo como e porque.
GAL INTERNACIONAL – (Icaro – edição 72 – anos 90) Considerada por muitos como a maior cantora do Brasil, Gal Costa ganha o mundo com sua voz energética e limpa. É preciso dizer, para aqueles que ainda não a viram, que Gal Costa sempre foi sex symbol brasileiro. Tanto que aos 40 anos foi convidada por uma revista masculina para mostrar -se nua. Aceitou o convite e fez o delírio dos fãs Num ensaio antológico – mas que alguns consideraram um tanto pudico, ela revelou a boa forma que sempre manteve cativando as plateias pelo mundo. De lá para cá, viveu um pouco longe dos palcos brasileiros. Investiu mais no mercado internacional. Fez tanto sucesso que o seu bit Balancê foi escolhido pela radio do exército de Israel para abrir e encerar a programação diária. Esteve com Tom Jobim nos Estados Unidos, lotando teatros. Foi ao Olympia de Paris, deu a volta ao mundo levando a música brasileira para palcos famosos. Também arrumou tempo para lançar uma grife de perfumes. Chamava-se GAL Mantém- se no comando dos negócios como autêntica empresária auxiliada pelo irmão Guto.
O show Plural, lançado em São Paulo, marcou o reencontro de Gal com os brasileiros: se é que alguma vez houve um distanciamento real. O espetáculo, considerado um marco na carreira da cantora, vai percorrer o Brasil e depois ganhar o mundo (sempre nas asas da Varig) a começar pelos Estados Unidos. Para alegria de ouvidos acostumados com refinamento. Circunspectos executivos japoneses – corretamente trajados dentro do estilo clássico ocidental – deixaram de lado sua conhecida timidez oriental e invadiram o palco onde uma brasileirinha de 1.65 m e 55 quilos, cantava um frevo. Com os dedos erguidos e tentando acertar o passo da dança nordestina, aqueles senhores fizeram um show à parte. Um jornal local saudou o excesso de entusiasmo dizendo : ” Um feitiço brasileiro levou a loucura nossos patrícios”. O nome da feiticeira responsável pela “quebra de protocolo” dos homens de negócio do Japão é Maria de Graça Costa Penna Burgos, ou simplesmente Gal Costa, como é conhecida na Europa ,África, Àsia e Américas, sendo a autêntica representante da música popular brasileira.