Emoção do voo de estreia – momento inesquecível para não lembrar
Viver na Varig era um misto de trabalho, inteligência, parceria e responsabilidade. Assim como nos colégios, universidades, havia a brincadeira do Dia-D ( invasão da Normandia) que consistia em pregar uma peça nos novatos, que se insinuavam como exibicionistas, querendo de cara tirar vantagem em tudo.
# No tempo do DC-3, depois de cada operação mais complicada, como a saída de uma revisão geral, ou troca de motor ou hélice, o avião passava por uma série de testes. Começando pelo Banco de Provas de motores, comandado pelo francês Henri Beaumel, que tinha a capacidade em detectar qualquer falha, apenas pelo ruído, antecipando deficiência que logo se comprovava.
# Depois disso , era necessário a realização do chamado Voo de Experiência capaz de confirmar as condições normais da aeronave liberada para a escala de voo.. Além do comandante e copiloto levavam um mecânico de pista e um inspetor de manutenção como acompanhamento de oficial da aeronáutica, do V Comar, que assinava o laudo de capacidade técnica. Para acertar um eficiente contato com o oficial foi escalado um funcionário, meu fraternal amigo e colega, Gastão Bayer, sem dúvida a pessoa certa para o lugar certo.
# Em alguns voos a presença do V Comar não se fazia necessária, bastando os técnicos da Varig. Na oportunidade, o Gastão, em conluio com a tripulação, convidava um novato na empresa que nunca tinha voado, para fazer sua iniciação.. O sujeito entrava a bordo cheio de entusiasmo, realizando um sonho. Após minutos de calmaria cumprindo todos os requisitos do Manual de Voo, acontecia o inesperado ( para o convidado )
# Uma vez verificado que o pessoal tinha os cintos de segurança devidamente afivelados, começava uma série de acrobacias com rasantes, curvas ascendentes, descendentes e outras coisas (todas que o avião suportava conforme o Manual)
# Na hora do pouso, depois rumo ao hangar, uma turma se reunia (dezenas, devidamente convocadas pelo Gastão) para testemunhar o estado da vítima, que era lamentável. Branco como cera, com ânsias de vômito, o novato foi levado direto para o nosso Serviço Médico, buscando recuperação e jurando que avião só em terra.
Essas operações eram consideradas “secretas.” Todos tinham conhecimento, menos Berta, que nunca soube das arbitrariedades fora do script.
Nas comemorações dos 30 anos da Varig vivíamos todos, momentos de euforia e credibilidade no futuro da organização. Para aumentar o clima de satisfação recebemos com orgulho a notícia da indicação de Ruben Berta como “Homem de Visão” – promoção da revista VISÃO, honraria que teve repercussão nacional e no exterior, elevando ainda mais o ânimo do grupo. O almoço para entrega do “Bandeirante’ do HOMEM DE VISÃO a Ruben Berta, teve repercussão que superou toda a expectativa, sendo matéria divulgada na mídia impressa. estações de rádio, televisões e pelo cinema noticioso, no Brasil e exterior
Berta não aceitava ser o único responsável pelo sucesso da Varig. Sempre soube distribuir com seus colaboradores cada triunfo conquistado. E firmava: ” O homem que trabalha têm direitos impostergáveis de participar de riqueza que cria e ninguém pode entregar-lhe a parte que lhe toca como se fosse migalha ou favor.”. E não eram palavras ocas.. Todos sentíamos a expressão da verdade através do retorno recebido, seja pela Varig, seja pela Fundação dos Funcionários, sempre generoso e oportuno. O discurso de Berta contemplou temas polêmicos, envolvendo a situação política do país e os ligados diretamente à aviação, foram tratados com competência. Em seu pronunciamento Berta citou ainda as dificuldades que a sociedade enfrentava, denunciando a inflação que assolava o país e como combatê-la, fazendo uso da autoridade revestida da moralidade necessária para exercer o poder, sem percalços, da crença do trabalho como obrigação social
Pregou a revolução das camadas dirigentes – “antes que as circunstâncias nos façam perder o comando e a desilusão das massas faça transbordar o caldeirão de baixo para cima, Berta garantiu que o aumento dos salários sem o aumento correspondente da produção. Resulta em aumento de preços e não na melhora do bem-estar dos trabalhadores, e afirmou: ” A única maneira de garantir empregos consiste em garantir clientes, pois se não existirem fregueses não poderá existir uma folha de pagamento nem emprego. O Brasil precisa integrar-se nas realidades do mundo e abrir suas portas a imigração em larga escala. Parece-nos melhor admitirmos o estrangeiro como sócio do que tê-lo como credor. Precisamos industrializar – nos, precisamos de crédito, de produzir e exportar. ´ É necessário aumentar nossas escolas profissionalizantes: “A mão de obra especializada fica cada vez mais escassa’.
Falando sobre a aviação comercial no Brasil, Berta disse : “Na trilha da utilidade do avião em nosso pais, extensão a percorrer – o transporte aéreo precisa ser posto ao alcance das classes menos favorecidas, O avião DC-3 ainda não se pode aposentar totalmente apesar de somente dar prejuízo sua operação. Teria de deixar sem trabalho numerosas comunidades, por deficiência de serviço.. Nossas linhas internacionais precisam receber aviões a jato, por penoso que seja o ônus que esta operação obriga aos nossos recursos de divisas. As linhas internacionais não são apenas grandes agentes de propaganda do Brasil no exterior, mas também janelas pelas quais tomamos contato com as realidades e soluções do mundo e dele façamos a fazer parte. Se nossas concessionárias não receberem aviões a jato em 1960. melhor seria fechar-lhes desde já as portas. No âmbito da organização das empresas devemos, penso, marchar para os consórcios. Não convém .termos um grande número de companhias. A viação moderna custa demais e muitas empresa não podem pulverizar custos de manutenção e facilidades operativas resultando num transporte caro e inseguro. Nunca deveremos ter menos do que três empresas ou consórcios, capazes de operar livremente em território nacional
ASSEMBLÉIA DOS 30 ANOS – Em 1957. quando a Varig completava 30 anos, foi realizada a 13º Assembleia do Colégio Deliberante, em Porto Alegre, com a presença maciça dos seus membros, totalizando cerca de 1.700 votos (cada ano de serviço representava um voto). Eu tinha apenas três anos de Varig e assisti ao evento me valendo das credenciais de escriba do Boletim da Fundação. Entrei de boca aberta, olhos esbugalhados com o esplendor que tomava conta dos meus sentidos. Naquele dia. nasceu a oportunidade de viver momentos históricos e conhecer de perto todo o cerimonial que aquele conjunto de pessoas extraordinárias representava.
Berta transformava cada reunião do Colégio Deliberante em evento para história da empresa. .Realizadas no salão nobre da Fundação eram precedidas de planejamento estratégico envolvendo diretores da Varig e os vários departamentos responsáveis pela apresentação Esta, em especial, por ser festiva, tinha o acompanhamento do presidente nos mínimos detalhes, não admitindo falhas. Ele fazia o possível para ver todos felizes e orgulhosos por pertencer ao seleto grupo. Uma das ações mais importantes que dava significado a reunião do final do ano, marcava a escolha da lista de postulantes à vaga no Colégio. O sistema passava por um enorme crivo, que ia desde o chefe de seção, diretor, até chegar ao presidente e daí ao sufrágio dos membros em reunião.
O pessoal da Propaganda tinha a missão de preparar todo o planejamento de marketing, incluindo decoração do salão, com projeção de slides, filmes, anúncios. lançamento de campanhas e a preparação de painéis que Berta usava para sua prestação de contas e os gráficos que valorizavam sua palestra, sempre aguardada com muita expectativa Mostrava os negócios sobre o exercício do ano findo, a relação das comissões como caixa de empréstimo,, suprimentos, aposentadoria e pensões, auxílios médicos, comissão social e o Retiro de Ponta Grossa. No final analisava um apanhado sobre os assuntos relevantes que envolviam as atividades da Varig Mesmo apresentando um quadro nebuloso sobre a aviação comercial no Brasil, ele oferecia um retrato da Varig. onde o trabalho e a determinação eram peças fundamentais para o sucesso da organização.
Em 1972, com Erik de Carvalho, no advento do Museu Varig, fui eleito como ,membro do Colégio Deliberante, por onde permaneci por 20 anos, até minha aposentadora. Acolhido por expressiva votação (unanimidade) ocupei diversos cargos de confiança distribuídos aos membros do Colégio. Eram comissões responsáveis por ações específicas exercidas pela Fundação em beneficio dos associados. Mesmo sendo uma atividade extra, não remunerada, pela deferência da escolha entre pares tão ilustres, deixava a todos gratificados e honrados, fazendo com que houvesse grande empenho na realização das tarefas,
O TRIUNFADOR – Berta gostava de reconhecer o trabalho dos seus colaboradores, mas n]ao se sentia a vontade quando era ele o homenageado Ao completar 30 anos de serviço prestados a Varig não escapou da badalação
Quando Berta completou 30 anos de serviços prestados à Varig, em 1957, circulou entre os funcionários, a ideia de realizar uma grande festa em sua homenagem. A notícia vazou e chegou ao seu conhecimento; Sem vacilar ele abortou qualquer iniciativa deste gênero A solução encontrada foi fazer uma visita de surpresa a sua residência. onde ele e dona Wilma receberam um grupo de diretores. Representando todos os colegas da Varig Rudi Schaly usou da palavra, fazendo entrega de uma placa com gravação em ouro, com os seguintes dizeres –
A RUBEN BERTA, NO ENSEJO DOS SEUS 30 ANOS DE INCANSÁVEL DEDICAÇÃO À EMPRESA. – HOMENAGEM DOS FUNCIONÁRIOS DA VARIG
* Outra demonstração de carinho foi prestada pelo Conselho Fiscal representado por Otto Ernest Meyer, Fernando Osório e Carlos Maria Bins
O ABRAÇO DE JK – Em 1957, a visita do presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, ao nosso Parque de Manutenção, em Porto Alegre, fechou com chave de ouro as muitas comemorações da empresa nos seus 30 anos de vida, A importância da Varig e o carisma de Berta ao comandar tão importante evento causou em todos nós uma incontida sensação de orgulho em fazer parte desta grande família. Trazia a certeza que estava acontecendo algo muito especial. Essa visita serviu também para sacramentar um grande acordo de participação entre o governo e a Varig. Juscelino estava autorizando a compra do Caravelle e do Boeing 707 concedendo à empresa gaúcha o pioneirismo do jato da aviação comercial brasileira.
Na euforia das comemorações, Berta antecipou no mega jantar planos secretos que viriam a se confirmar na véspera da sua morte.
O ano de 1957, foi emblemático para a Varig, quando comemorava seus 30 anos de existência. Berta, transformava uma empresa regional, dando passagem para uma conquista pioneira na era do jato. Já vivia o pleno desenvolvimento com o Super Constellation revelando a cara para o mundo, conquistando Nova York e se credenciando para a consagração, com o Caravelle e o Boeing-707. A sociedade gaúcha vivia um momento de euforia antevendo o significado desta conquista política ,cultural, comercial, industrial, e turística, num intercâmbio de negócios das riquezas do Rio Grande. Dentro desse ambiente, com jeito de festa, os 30 anos da Varig eram aclamados, através de homenagens, eventos e jantares. Eu vivia tudo àquilo com o entusiasmo dos recém-iniciados no fascinante mundo da aviação.
* Na véspera do seu 30º aniversário a Varig foi homenageada pelas classes produtoras do Rio Grande do Sul, com um banquete de 300 talheres, que reuniu as mais expressivas personalidades do estado. Ruben Berta ocupou o lugar de honra e agradeceu a homenagem proferindo vibrante oração, dando ênfase ao momento brasileiro, principalmente sob o aspecto econômico e medidas para cerem tomadas para garantir o nosso progresso aeronáutico. Informou que a Varig estava se empenhando para tornar o serviço mais próximo às classes menos favorecidas, ampliando o transporte de carga aérea. Afirmou que a companha já tinha serviço noturno em algumas linhas e sua rede, com planos de ampliá-las cada vez mais. a propósito de aumentar a utilidade operativa dos aviões e evitar o encarecimento das tarifas
* No tocante ao material de voo, Berta informou :” Temos que progredir para os mais rápidos aviões turbo-hélices, dos quais já pedimos a importação de oito, para 52 lugares cada um .Eles serão colocados nas linhas da costa, dentro de um ano e meio, acelerando o transporte de passageiros para média horária de 550 km”. E deu a notícia: “Linhas para a Europa estão na programação da Varig, se, e para quando o governo federal proporcionar-nos as respectivas concessões .Para 1960 programamos a introdução de modernos aviões de jato – propulsão para mais de 100 passageiros, a velocidade horária de 900 quilômetros para serviços internacionais que então estiverem a nosso cargo. A aquisição desses aparelhos só estão dependendo por parte da Superintendência da Moeda e do Crédito, subindo a operação financeira ao total de 22 milhões de dólares. Vislumbramos ainda a extensão das asas brasileiras, não só a Europa, como ao Oriente.”
* Berta agradeceu ao governo e a Assembleia Legislativa do Estado, onde encontrava para a realização deste programa um impressionante espírito de colaboração. Segundo ele, o mesmo acontecia com as bancadas de estado na Câmara dos Deputados, no Senado e numerosos gaúchos que em postos de alta administração federal honraram o nosso estado com sua atuação. E concluiu: ” Quanto mais percorro o mundo tanto mais motivos encontro para amar nosso país e dentro dele respeitar o Rio Grande do Sul, pelo exemplo da sua gente”.
* A Varig repercutiu a passagem do seu aniversário realizando uma campanha promocional para a mídia impressa e eletrônica. Criou um selo de 30 anos, cercado por louros. Entre os anúncios, um deles apareceu na revista do Globo, editada em Porto Alegre, com a chamada – 30 anos doando asas ao progresso No texto afirmava que a mentalidade pioneira que inspirou seus fundadores prevaleceu nestes 30 anos em todas as atividades da empresa. Falando do início com os hidroaviões, até a chegada dos modernos Super Constlletion, citava ainda a instalação do jato-propulsor em 1953, nos C-46
* Com uma dívida de 8 bilhões, o governo Lula vetou socorro do BNDES para a Varig, enquanto concedia generosos empréstimos para Cuba e Venezuela.
* Além disso, Zé Dirceu obrigou a INFRAERO a exprimir a Varig e proibiu que a BR DISTRIBUIDORA (Dilma) desse crédito para a companhia abastecer suas aeronaves.
” A prioridade era ajudar a TAM e a GOL, amigos petistas.
* O advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, também ajudou a quebrar a empresa na crise.
* Foi vendida por US$ 24 milhões para o grupo do chinês Larchan.
” Com ajuda de Teixeira, meses depois, revendeu para a GOL, por US$ 275 milhões.
* Teixeira embolsou US$ 5 milhões
Pior – 15 mil trabalhadores ficaram na rua da amargura, segundo o advogado Mellito Diniz.
* O contraponto, na época, não foi localizado na imprensa.
O PP -VJC foi recebido em 1959, com demonstrações de júbilo nas principais capitais do pais, tendo na cabine de comando um quarteto consagrado na história da Varig – com Lili Lucas de Souza Pinto, no comando, juntamente com Geraldo Werner Kinippling, Waldemar Carta e Omar Lindemeyer, todos com cursos de aperfeiçoamento nos mais importantes centros aeronáuticos da França e da Inglaterra. Logo após a chegada, ainda no mês de setembro, a Varig realizou o voo de inauguração com o Caravelle, fazendo a rota Rio-Brasília em 1h30min de duração. A Varig, mostrando a agilidade de Berta, foi a primeira empresa aérea da América Latina a encomendar o Caravelle e a terceira companhia aérea no mundo, abrangendo universo de 282 bandeiras.
Com o atraso na entrega do Boeing -707 a solução ficou com o Caravelle, tudo para manter o pioneirismo da era do jato. Junto, o presidente Juscelino apareceu como grande parceiro. Quando tomou a decisão de comprar o moderno jato francês, Berta sentiu pressão política e dificuldade pra fechar o negócio. A aquisição dos aviões ficou na dependência de detalhes técnicos. Tornava-se indispensável a intervenção do governo no tocante a obtenção de câmbio. Quando tudo caminhava param desfecho satisfatório, alguma coisa acontecia emperrando a solução, conforme declarações do próprio Berta.
Já tinha acontecido voo de demonstração em Porto Alegre, com absoluto sucesso. Berta teve que usar das mais variáveis artimanhas e alto poder de persuasão para ultrapassar obstáculos que se afiguravam intransponíveis. A aproximação com o presidente brasileiro fortalecida através da viagem feita com o Constellation para as três Américas, quando o líder da Varig foi um anfitrião generoso, pesou na balança. O Consulado francês no Brasil, também foi peça importante para o bom termo das negociações. Fazendo inúmeras experiências de voo no bi-reator, os técnicos da Varig confirmaram que se tratava do melhor avião existente no mercado para .iniciar a era do jato no Brasil
Uma indagação fazia-se necessária – Por que a Varig apostava no Caravelle, quando já esperava o Boeing – 707 , jato de primeira grandeza? Berta queria, antes de tudo, manter viva a trajetória pioneira da Varig. Guardava conhecimento absoluto do mercado internacional. Sabia que o futuro da aviação comercial estava no jato Para complicar tinha a sombra da Panair, graças a informações privilegiadas que corria junto na esperança de chegar primeiro. Berta antecipou e trouxe o jato francês, criando uma troca de posições, invertendo a ordem das coisas, sem prejuízo algum.
Mais uma vez, o Icaro dava rasteira no Coringa.
Berta se rejubilava com a vitória e garantia::”Julgo que o Caravelle resolveu os problemas da aviação comercial a jato, na sua concepção mais feliz. Possivelmente porque simplificou tecnicamente a asa, retirando de dentro dela qualquer elemento complementar, como são os motores e, com isso, consegue duas coisas- separou o lugar em que existem os tanques de combustível que estavam dentro das asas, evitando, assim, a possibilidade de fogo dentro das mesmas, em segundo lugar ao simplificar a asa, introduziu na aviação comercial, elementos de barateamento, que têm grande efeito no custo da produção. E finaliza convicto – ” A Varig esta seriamente interessada nestes aviões em seus serviços domésticos e internacionais. Em 5 de março de 58 o contrato com a Sud Aviation foi sacramentado em Porto Alegre.
O avião francês teve vida curta na empresa (apenas cinco anos por uma série de razões – estratégicas e políticas num capítulo à parte que o Tucaninho vai debulhar em detalhes) O jato, endeusado por Berta, fez seu último voo em novembro de 1963, deixando saudade.
* Conta a lenda que Berta tinha um código secreto com Schuetz que era o homem do dinheiro, o capataz das finanças da Varig e da Fundação.
* Conforme o tipo do assunto a assinatura de Berta podia ser quente, positiva para atendimento imediato, ou convencional, para analisar com mais atenção antes da resposta
* Berta tomava atitudes politicas em favor da Varig, que ele considerava estratégica, algumas vezes sem consultar seus diretores.
” Muitas delas precisavam ficar envoltas em sigilo.
* Ele era bom em guardar segredos. As tratativas eram arquivadas em caixa – forte
* Algumas vezes, em assuntos relevantes, só depois do caso concretizado, é que ele comunicava aos seus pares todo o desenrolar das negociações. e o porque do sigilo..
* Costumava dizer – “O segredo é a alma do negócio” e muitas vezes levava o jargão à sério..
* Os momentos em que convivi com Berta, além das informações para o House Organ, foram em situações tensas.
* Seja agradecendo, pessoalmente, por não ter aderido a uma greve do Sindicato em 57
* Ou ter escalado o jato que foi buscar João Goulart no Uruguai
* Seja no atentado contra o Super Constellation no hangar, em Porto Alegre, feito por mecânico da EVAER, com Berta ordenando abraço ao avião, que nunca foi dado,
PELA PRIMEIRA E ÚNICA VEZ, UMA ORDEM DE BERTA DEIXOU DE SER ACATADA – SEM RESTRIÇÕES…