Browsed by
Mês: Fevereiro 2022

Meyer, Osvaldo Aranha e a fusão abortada (2/2)

Meyer, Osvaldo Aranha e a fusão abortada (2/2)

REVOLUÇÃO LIBERAL SALVOU A VARIG DO EXTERMÍNIO

 Dentro de um novo quadro histórico, em 7 de maio de 1930. o major Alberto Bins, presidente do Conselho Fiscal da Varig, declarou, oficialmente, o desinteresse da empresa em prosseguir nas negociações da fusão com a Condor.- por falta de prazo conveniente. A diretoria e o Conselho Fiscal da Varig. haviam procurado  novos meios para defender os valores da companhia. Ele garantia, ainda, ter recebido valiosa proposta do governo, que visava apoiar moral e materialmente a companhia  para manter-lhe a independência buscando o bem dos interesses da população do Rio Grande. Assembleia resolveu, por unanimidade, não mais tomar em consideração a fusão com a Condor. A dissolução do negócio estava na devolução dos hidroaviões, venda do imóvel do aeroporto na ilha Grande dos Marinheiros e compra de 41% das ações pertencentes a Condor, além  do encontro de contas até a data da Assembleia. O movimento revolucionário foi, certamente, a razão da intervenção do governo impedindo o desaparecimento da Varig.

Alberto Bins – Presidente do Conselho Fiscal da Varig, anunciou o desinteresse da empresa em manter a fusão com a Condor

Por trás dessa decisão, existia uma boa história para contar. A fusão proposta pela Condor acabaria com a Varig, já no seu primeiro ano de vida. Só, que um insólito acontecimento viria  colocar agua fria na fervura. Enquanto as  tratativas avançavam dentro da proposta de operação conjunta, Meyer envolvia-se,  secretamente, em uma grande conspiração política visando a derrubada do Governo da União, presidido por Washington Luis, considerado fraudulento. Nas eleições, a contagem dos votos deu a Vargas uma vitória esmagadora aqui no sul. No entanto, no cômputo geral, o grande vencedor foi o candidato Júlio Prestes, coisa nunca aceita pelas lideranças gaúcha e mineira. Havia sérias suspeitas de que o governo central teria condições de manipular ao seu bel prazer o resultado das urnas, considerando a extensão do pais e inexistência de um controle absoluto na contagem dos votos. Faltava  uma formula  perfeita para garantir a integridade do pleito.

Da inteligência de Oswaldo Aranha nasceram as mais importantes estratégias da Revolução

General Flores da Cunha, um dos grandes líderes das tropas do movimento revolucionário

Em outubro  de 1929 sugiram no Rio Grande do Sul tentativas visando o levante político liderado pela Aliança Liberal tendo no topo as figuras de Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha e Flores da Cunha, nomes tradicionais da política local, a quem a Varig devia tudo, pela  apoio e esforço na sua criação. Envolvido com a conspiração pelo chamamento de Oswaldo Aranha, a fusão projetada pelas duas empresas  começou a vazar. O governo do estado tinha sido, até então, um mero espectador no processo da fusão .Mudou radicalmente a sua postura ao assumir o perfil revolucionário. Muitas vezes, Meyer passou a manter encontros secretos com Osvaldo Aranha na residência deste, no bairro Tristeza, em Porto Alegre, onde a conspiração continuava a ser tramada. Instruções eram repassadas para Meyer e Berta, que assumiam posição relevante na estratégia do uso da aviação como arma bélica, coisa que o governo revolucionário não podia dispensar.

Na chácara de Oswaldo Aranha, no bairro Tristeza , os encontros com Meyer e a incorporação da Varig

Atendendo determinação de Oswaldo Aranha, Meyer apresentou um parecer sobre a orientação a ser dada  ao serviço de aeronáutica nos âmbitos civil e militar, ficando afeto àquele a preparação  e cuidado do material e a última ação puramente militar.. No setor civil Carlos Sylla foi escolhido como diretor geral e Walter Peschei como diretor técnico. Ruben Berta assumiria a seção de tráfego e Otto Meyer pela Intendência.. A Varig participou ativamente incluindo contrato feito em 1930, cedendo o piloto  Nuelle e avião. Quando se aproximavam as eleições de 1º de março de 1930, Oswaldo Aranha procurou conseguir por intermédio da Varig dois aparelhos que servissem para transporte de pessoas e permuta de informações no dia do pleito. Em meados de fevereiro foram tomadas as providencias para a aquisição de dois aviões Klimam, que serviriam para o fim almejado. Meyer assim o fez colocando-os montados no  campo de Gravataí, prontos para qualquer eventualidade.

Meyer teve a função de organizar a arma da aviação, estratégica nos planos da revolução

Todos que trabalharam pela revolução foram heroicamente dedicados, afirmava o documento. Entregaram-se com ardor a tarefa de organizar a arma da aviação, buscando a maior eficiência possível. Graças a Revolução Liberal a Varig continuou viva.

VARIG  NASCEU COM DATA MARCADA PARA MORRER (1/2)

VARIG  NASCEU COM DATA MARCADA PARA MORRER (1/2)

A parceria escondia um segredo compartilhado com  Meyer

 

Ao completar um ano a Varig ainda engatinhava e a Condor achava-se pronta para “dar o bote“.-

Documentos dos arquivos secretos de Meyer, liberados pela família quando das pesquisas para o livro” Berta os anos dourados da Varig,” mostram os detalhes que salvaram a Varig do extermínio, quando ainda dava os primeiros passos. A proposta feita pela Condor, através da Lufthansa, quando a Varig comemorava seu primeiro ano de existência, dá ideia do oportunismo e da verdadeira razão que levou o grupo alemão a ser o grande parceiro na criação da companhia gaúcha, em maio de 1927.

A mesma Assembleia que criou a Varig, em 1927, um ano depois, aprovou por unanimidade, a fusão pleiteada pela Condor.

Queria engolir a Varig e fincar suas raízes, definitivamente, no sul do Brasil. Os alemães articulavam  fazer uma fusão com a pequena Varig, contando com  a maior receptividade dos acionistas da empresa gaúcha e do próprio Otto Meyer, seu criador, No relatório da diretoria Meyer não poupava elogio à Condor. Em 10 de maio de 1928, esta mesma assembleia resolveu aceitar por unanimidade as propostas e as condições formuladas pelo Syndikat para a fusão de ambas as empresas, no mais tardar dentro de um ano.

Certamente, Meyer havia conseguido a adesão e o apoio da Lufthansa e do seu governo, por um acordo que introduzia o grupo alemão no Brasil através de uma participação acionária (que trazia por trás uma fusão como pano de amostra para domínio imediato) Meyer em seu encontro em Berlim, simplesmente ignorou a participação da Condor, exigindo um documento com o timbre da Lufthansa. Ele tinha jogado todas as fichas na mesa, culminando com a certeza de uma união a curto prazo, decisiva na negociação costurada por Meyer

Ele, considerava impossível manter-se sem a fusão com uma companhia de porte internacional, buscando expandir seus interesses no tráfego aéreo da mala postal da  Europa para a América do Sul e vice-versa.. Sem esta negociação fundar uma companhia do nada, era um negócio desinteressante, que somente um objetivo maior poderia representar sua adesão.

Os alemães entrariam na sociedade com apenas um hidroavião,(Atlântico) já usado, carecendo de grandes revisões, e logo em seguida com outro hidroavião (Gaúcho) bajulando com o nome, na intenção de quem veio para ficar, (aumentando sua participação no lote acionário que passou de 25% para 41%,quase chegando lá.) Os hidros davam seus últimos suspiros considerados descartáveis em  pouco tempo ( quase sucata)  quando o futuro estava nos aviões  terrestres, com possibilidade de amplo raio de ação, usando pistas espalhadas nos locais mais estratégicos e importantes do pais, sem ater-se, exclusivamente, a geografia do litoral  (onde as pistas já estavam prontas)

Logo que chegou no Porto de Rio Grande, o hidroavião, Atlântico teve calorosa recepção, tendo em seguida entrado em serviço de manutenção.
Representava moeda de troca pela participação acionária de 25% da Condor

 

Logo em seguida chegou o hidroavião Gaúcho, completando a parcela num total de 41%. de participação, tendo que passar também, por rigorosa inspeção.

A Lufthansa, em parceria com o governo alemão, oferecia, através da Condor, mão de obra especializada que estava ociosa e era o seu diferencial de qualidade. No início, todos os pilotos  e técnicos de manutenção eram alemães. A Condor,  que passaria  a ser apenas um departamento da Lufthansa buscando serviço na América do Sul, vendendo aeronaves, ajudando a criar empresas, oferecendo pilotos e mecânicos para operá-las, cumpria seu papel. Como o dinheiro na Varig era curto e construir pista era inviável no momento, a oferta ficou com os hidroaviões, num pais de extenso litoral. .

 

Antecipando o resultado foi lançada uma campanha de marketing com a assinatura conjunta, Varig-Condor, dando mostras do avanço das negociações.

 

No Brasil o objetivo maior, nunca revelado explicitamente, era assumir o controle sobre  a Varig, da qual  já  possuía quase a metade das ações sem investir dinheiro vivo. Tudo leva a crer que Meyer pactuava do mesmo desejo, pois já havia deixado escapar numa entrevista ao Correio do Povo, das dificuldades de manter uma empresa desse nível sem o apoio de uma grande organização, com experiência mais moderna como era o caso da Condor   -. “Fatalmente. mais cedo ou mais tarde, será ela consumida pela concorrência de um grande grupo internacional ou por alguma outra sociedade nacional, aliada a um desses grupos”, garantia ele.

O apoio dado ao desconhecido Meyer, além da relativa garantia dos compatriotas radicados no pais, embutia o fato de que a vida da Varig teria os dias contados, tratando-se logo da fusão das duas empresas, para em seguida ser transformada numa nova companhia, com outro nome  e outras ambições, tendo a Lufthansa  e o governo alemão como alavancas.

EM 30 DE DEZEMBRO DE 1929, A FUSÃO  PROJETADA PELAS DUAS EMPRESAS COMEÇOU A VAZAR.

MILIONÁRIO DA ESPORTIVA

MILIONÁRIO DA ESPORTIVA

Você já pensou  como transformaria sua vida caso despencasse  do céu uma fortuna avaliada em quase quinhentos milhões de cruzeiros?
Ele manteve a calma, pois não tinha, ainda, a dimensão da sua riqueza. Seus pequenos sonhos poderiam ser realizados. O dinheiro era finito e a Varig a certeza de ser feliz, ao seu jeito.
Fidencio vivia um sonho, sem entender a realidade. Continuava o mesmo. Abandonar a Varig, jamais.

Um gaúcho da Varig que virou personagem fantasma.

O felizardo era o Fidencio – Mas quem era o Fidencio? Onde andava o Fidencio, que não aparecia?

O privilegiado milionário seria um gaúcho da Varig, que ninguém conhecia  e se mantinha na clandestinidade ( por ignorar que tinha ganho, perdido a cautela, ou somente uma chacota ?) O boato corria solto – O primeiro nome do felizardo era Fidencio. O resto uma grande incógnita. O Italo Mastrangelo, da Seção Pessoal, havia feito uma varredura e não encontrara nenhum Fidencio, nem Florencio. ou coisa que o valha,  na relação de funcionários. O assunto já estava caindo no esquecimento entrando no  rol das piadas,  quando,  por acaso, a personagem fantasma deu as caras.

Certo dia  recebi um pedido do colega  Ary Pezzutti, secretário da Fundação, solicitando uma matéria para a revista Rosa dos Ventos, dando cobertura ao setor de  avicultura,  procurando  pelo Fidencio. Como é ? respondi atônito. É o nosso milionário.?  É o próprio. Ary me falou rapidamente da situação. Que ele era funcionário há cinco anos da Fundação e assim que tomara conhecimento do cartão premiado veio pedir sua ajuda. -” Fizemos  juntos os contatos com a Caixa, acertando o depósito numa conta em seu nome. E fiquei na obrigação de manter sigilo, (exceto ao presidente) Agora, ele resolvera se identificar mas somente para os amigos da Varig”.

Na Rosa dos Ventos, o segredo que emocionou colegas e o Brasil inteiro.

 MILIONÁRIO DA  ESPORTIVA

O colega Fidencio da Silva Chagas, funcionário de Fundação Ruben Berta como auxiliar de avicultura, onde trabalha há cinco anos, nunca entendeu de futebol. Jogou pela primeira vez na Loteria Esportiva, em setembro de1971. Com apenas uma aposta deu sorte – ganhou 480 milhões de cruzeiros. Antes de  vir do segundo distrito de Tapes, o feliz acertador da Esportiva, trabalhava por conta própria em agricultura – “Senti um forte abalo quando soube do resultado. Agora vou comprar um terreninho, com uma casinha e um carro (bacana), diz ele.

Para a família a segurança da casa própria. A boneca para a filha menor. e a ajuda para os familiares. A felicidade compartilhada.

Sua esposa, dona Délcia Barbosa Chagas, já esta até pensando no mobiliário do novo lar, muito entusiasmada e vai comprar uma boneca para a sua filha Maria Cleci, de cinco anos  (que tenha o seu tamanho) Uma das primeiras preocupações do seu Fidencio (agora já elevado a senhoria) é ir visitar seus pais e sogros ainda residentes em  Tapes, e, mais tarde diz que vai ser possível “dar uma colher de chá para meus dois irmãos solteiros e quatro casados”,.

Homem simples, Fidencio afirma que pretende continuar trabalhando na Fundação, por mais algum tempo, e após uma licença de dois dias, já ia se dirigindo para o serviço.-  “Tenho cinco anos de firma. Resido na casa que pertence a empresa”,. Apesar de ter ficado milionário, ele afirma que pretende manter o mesmo ritmo de vida, pelo menos por enquanto. Continuar jogando na Loteria Esportiva ? Ele acha que não, e decreta – ” A sorte vem apenas uma vez na vida.” Fidencio e sua família seguiram novos caminhos,   felizes e longe de todos nós.

 

Depois de dois dias de folga, o retorno para a rotina da avicultura e o cuidado com as cercas. O futuro? Só Deus sabe…

*  A Loteria Esportiva Federal em vigor, havia sido instituída em 1969 pelo presidente Costa e Silva, em plena ditadura militar, garantindo: que agora “todo o  brasileiro ia ter o direito de ficar rico.” .Em 1970 , vivendo  a emoção da conquista da seleção brasileira de futebol no México, a Caixa Econômica Federal lançou o primeiro Concurso Teste. .O Juventude, de Caxias do Sul, abateu o Grêmio por 1×0  derrubando todos os prognósticos. Nasceu dai a figura da Zebrinha, apresentada por Leo Batista, da TV Globo, virando mascote do programa esportivo do Fantástico.. Quando o placar era improvável ela se manifestava – Olha eu aí. Deu zeebraaa.! Virou jargão na  boca do povo…

Nesse ínterim  a Máfia da Loteria  Esportiva foi denunciada em 1982 pela revista Placar, desmascarando um esquema que envolvia atletas, dirigentes, árbitros e funcionários do Sport Press. O plano era fabricar “zebras” que favoreciam empresários e grupos importantes do pais. deixando de ser comercializado em 1989,sendo substituída pela Loteca,  em fevereiro de 2002.

O RASANTE QUE TENTOU DERRUBAR O PESCADOR CHAMADO BERTA

O RASANTE QUE TENTOU DERRUBAR O PESCADOR CHAMADO BERTA

A verdadeira história agora revelada

Quem conta um conto aumenta um ponto .Esse detalhe a mais é que Luiz Fenando vem resgatar em nome da verdade dos fatos, como testemunha ocular dos acontecimentos
Eu era ainda guri,  veraneava com meus pais na casa do Seu Berta, em Imbé. Ele trazia nas mãos àquelas botas de corpo inteiro para pescaria, parecia um  zorrilho enfurecido e me disse.- “Entra no carro guri (eu devia ter uns 8 anos na ocasião) E lá fomos no Mercedes preto dele para a praia de Tramandaí , onde tinha uma Estação de Rádio . (Se não me engano tinha já na época um Radio Farol). Ele parou o carro, pulou para fora e quase engolindo o microfone, esbravejava com alguém. Só entendi o fim da conversa, quando ele afirmava colérico – “Então manda demitir o Binz”  Depois voltamos para casa no Imbé, tudo calmo  e tranquilo.
Na continuação da história, anos depois, lendo o livro  -“”Assim se Voava Antigamente” escrito por  Lili Lucas de Souza Pinto, comandante histórico da Varig, tomei conhecimento de que o interlocutor  com quem Berta espumava de raiva, era o próprio autor do livro – que naquele dia estava de plantão no Centro de Controle de Voo. No texto ele dá sua  versão de como ocorreu o episódio – “Num domingo o telefone tocou no CCV,. Do outro lado da linha a voz disse: Aqui é o Berta, quem. está  no comando do PP-VBF? Pinto respondeu  que o Douglas  C-47, cargueiro, estava vindo de São Paulo sob o comando do Binz e perguntou qual o motivo da indagação. Não interessa! Pôe o Binz na rua, esbravejou, e desligou batendo com o telefone.. Quando o avião pousou, Pinto foi ao encontro do piloto para saber o que havia ocorrido. A única coisa diferente durante o divertido voo  foi uma brincadeira patrocinada pelo comandante que confessou estar voando  junto ao litoral quando resolveu dar um susto num homem solitário que sobre uma pedra pescava. Com o cargueiro vazio Binz  deu um rasante sobre o cara. obrigando o pescador a se jogar no mar, Não foi difícil para  Binz concluir que o pescador , desgraçadamente, era o seu Berta.
Na segunda feira,. já se considerando demitido, Binz foi chamado na sala da presidência. Começou a dar sua versão quando foi interrompido pelo Berta, que abreviou o assunto –  Já tomei conhecimento de tudo  Essa bobagem vai ficar registrada no seu currículo. Meio bronqueando, meio sorrindo, Berta sentenciou o comandante a nunca mais repetir a proeza (ele baixou a guarda atendendo súplica do Souza Pinto garantindo que tratava-se de um excelente piloto com grande futuro na empresa.)
Cmdt. Binz
No entanto, como  testemunha dos fatos, posso contrariar a versão corrente de que tenha se atirado na agua, apavorado com o rasante. Ao contrário, permaneceu imóvel,. vislumbrou o avião como sendo Varig, fazendo um gesto de defesa baixando a cabeça e permanecendo incrédulo, por algum tempo, arrasado com o procedimento absurdo do seu piloto, contrariando todas as regras e procedimentos para o qual fora exaustivamente treinado.
O comandante Binz, faleceu aos 90 anos, em 1917. Fez grande carreira na Varig, Ganhou breve em 1948, tendo  ao longo de 40 anos completado 33 mil horas voadas Pilotou desde o DC-3 até os grandes jatos da companhia, como  o Caravelle , Boeing -707, DC-10 e o  Boeing – 747 (Jumbo).Foi piloto do voo pioneiro sem escalas entre o Rio de Janeiro e Paris, realizado num Boeing -707, em 1967, portanto meio século atrás.
.
.
* Luiz Fernando Smidt
  Engenheiro e professor universitário, com formação acadêmica  na Cornell University. Foi Superintendente e diretor de obras  do grupo Varig –  Companhia Tropical  de Hotéis, por 13 anos ( 1980/1993) atuando na construção, ampliação e reformas no hotéis da Rede,  sendo um estudioso da história da Varig.