A FORÇA DA MARCA VARIG
Antes de mais nada:
Desculpas, A matéria antes informada -” Os Irmãos que fundaram o Grêmio e a Varig”, será divulgada na próxima 6ª Espetacular. Aguardem
O segredo da Varig – Primeiro encantou os funcionários, fortalecendo a marca. Depois foi oferecer o produto ao grande público, conquistando o mundo.
A Fundação dos Funcionários e a Varig davam tudo o que o homem que produzia, necessitava para uma vida feliz com sua família – possibilidade de casa própria para morar; saúde, através do serviço médico com equipe especializada (mesma que atendia a tripulação); farmácia ao preço de custo; uma Diretoria de Ensino distribuindo educação para seus colaboradores e bolsa de estudo para os filhos; alimentação em armazém próprio e nas cantinas com comida balanceada; programa sério para crescer profissionalmente; ambiente de trabalho em harmonia e dedicação em equipe; férias com direito a GC (Grátis Condicional) para voos nacionais e exterior (dependendo do tempo de serviço); ginásio coberto, polivalente, para prática esportiva; sede campestre em Ipanema; festa de natal, com Papai Noel chegando do céu (helicóptero) distribuindo presentes e brinquedos para todos, formando a Grande Família Varig, e outras tantas benesses garantindo em troca uma fidelidade que não media esforços para retribuir. Daí nascendo a FORÇA DA MARCA.
DO ÍCARO A ROSA DOS VENTOS – A CONQUISTA DO MUNDO
A marca Varig recebeu desde a sua criação um tratamento diferenciado, focado no público interno e voltado ao passageiro “Ele é a razão única de existirmos. Sem ele não somos nada” garantia Berta. Esse conceito acompanhou a Varig através dos tempos. Para conquistar clientes e fortalecer a marca num mercado até então uma incógnita, em 1927, teve que se apresentar como uma solução, ensinando ao público a vantagem de voar, enfrentado tabus próprios do desconhecido. Berta foi fantástico nesse quesito, tendo criado peças memoráveis sobre o assunto.
Vencida esta etapa do pioneirismo, com a transição do hidroavião para o Junker F-13, pousando em terra firme, sempre voltado ao endomarketing, Berta buscou dar referência a marca. Nasceu aí a figura do Icaro, rabiscado por ele mesmo, e aprovado por Meyer – símbolo que viria a acompanhar a empresa através dos anos, aparecendo nos meios de comunicação e no bojo dos aviões. Em 1942, quando a Varig iniciou seus voos para Montevidéu, o Icaro ganhou a companhia da bandeira brasileira no Dragon Rapide de Havillan, maior avião da frota. Antes, os documentos e a papelaria usados tinham a marca do Biguá – pássaro nativo do Rio Grande do Sul – sem a presença no hidroavião.
Paralelamente, a atenção aos passageiros, a Varig através da Fundação dos Funcionários mantinha uma permanente estratégia de comunicação privilegiando seu público interno. Com a aquisição do Super Constellation, em 1955, e início dos voos para Nova York, o panorama da comunicação passou por uma completa reformulação, tendo de enfrentar uma concorrência poderosa (Panam) Vencida a batalha na chamada “Guerra David x Golias, tendo a Varig ingressado na era do jato com o moderno Caravelle e o Boeing-707, o nome da companhia ganhou respeito internacional pela excelência do serviço de bordo, atendimento diferenciado e qualidade da manutenção. Sempre que comemorava aniversário a marca ganhava um tratamento especial, com layout diferenciado.
Com a chegada dos aviões a jato nasceu a Rosa dos Ventos, crido por Nelson Jungblut, nosso diretor de arte. Aconteceu então um fato inusitado. Pela primeira vez uma empresa aérea mantinha no bojo das suas aeronaves dois símbolos – A Rosa dos Ventos e o Ícaro. Os comandantes não aceitaram a retirada da figura do Ícaro, por uma questão de superstição. Nas peças publicitárias o Icaro foi dando lugar a Rosa dos ventos, até ser retirado na gestão de Érik de Carvalho. Criativos anúncios traziam junto com a assinatura slogans que apresentavam o posicionamento da empresa como: VARIG – A maneira mais elegante de voar (público feminino) VARIG – a Pioneira (imbróglio com a Real Aerovias). VARIG – Voando mais para que todos voem melhor (aumento da frota).
Depois, nos anos noventa, o logotipo sofreu sua última alteração, numa atitude de rejuvenescimento do símbolo e nova pintura. A criação foi da Agência Young & Rubican, que havia comprado a Expressão Brasileira de Propaganda, pertencente ao grupo Varig, em 1996, por 5 milhões de dólares, encerrando um ciclo histórico de mudanças.
Mande email para: agrandefamiliavarig@gmail.com