A AGONIA DA VARIG (José Sarney)
José Sarney assinava uma coluna no jornal Folha de São Paulo, publicada todas as sextas-feiras. Uma delas beira o inacreditável. No dia 16/06/2006, data crucial para os destinos da Varig, ele lança em manchete uma frase de arrepiar – A agonia da Varig – e derrama lágrimas de crocodilo.
Lembra que os meninos do seu tempo queriam ser aviadores e fala sobre o fascínio de voar. Já, então, para ele, a Varig era o máximo, marca de conforto e segurança. Fala que estava em Paris, viajando pela Panair do Brasil, quando a Varig assumiu a rota para a Europa e fez seu regresso por ela. Conta sua admiração pela figura de Ruben Berta e o convite para o primeiro voo a Tóquio, tendo como meta o sonho de dar a volta ao mundo (que nunca se realizou). Patético, ele se debulha em lágrima – Vejo agora a agonia da Varig. Lembro do seu charme e esplendor naqueles anos, com a beleza dos Constellation. No final do texto garante numa frase absurda como se eximisse de qualquer culpa do cadáver aos seus pés – E garante – É com nostalgia que assisto aos estertores das asas abertas por Berta. E acrescenta – Quanto tempo levam as empresas aéreas para morrer? Pergunta beirando a indecência. Ele teria a resposta na ponta da língua E termina afirmativo – “Que bom se ela se salvasse”, debochando com a assinatura Varig! Varig! Varig! Acredite quem quiser, mas nosso Blog tem em sua cartilha de princípios – O Bom Blog fala a verdade. O bom Blog tem conteúdo e outros oito mandamentos – que procuramos seguir à risca.
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