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Mês: Junho 2021

A ROSA DOS VENTOS

A ROSA DOS VENTOS

Com a modernidade do jato a Varig resolveu fazer uma mudança radical no conceito gráfico, Mais uma vez Jungblut foi escalado para comandar o processo.
Nasceu dai a Rosa dos Ventos, tendo como influência a Panam, líder da aviação mundial e concorrente direto de Varig para Nova York. O enfoque passou a ser a globalização, mostrando o poder da aviação comercial brasileira pronta para chegar aos quadrantes do mundo
No entanto, apesar de circular no marketing, a Rosa dos Ventos demorou para chegar nos jatos. Foi introduzida, inicialmente, na fuselagem do Convair-990, ganhando força quando apareceu no Boeing – 707 espalhada no bojo dos aviões e na assinatura gráfica dos anúncios e mídia eletrônica. Mas, Berta tinha arraigado a imagem do Ícaro e só aceitava a substituição se fosse convencido a fazê-la. Tinha certeza da sua importância como ferramenta da comunicação e estava muito satisfeito com o Ícaro (que ele mesmo criara muitos anos atrás).

Mesmo aceitando a inovação, Berta não deixou de lado sua obsessão pela figura antiga. Pela primeira vez na história da aviação uma empresa adotava no bojo dos seus aviões a figura de dois símbolos – Rosa dos Ventos e Ícaro – , este pintado junto a cabine – tudo apoiado pela tripulação, levada por uma questão de superstição. A Rosa dos Ventos ganhou por vários anos o titulo de melhor símbolo e pintura de aeronave no mundo.. Numa última mudança não conseguiram acabar com a figura, pois não vislumbraram ideia melhor. Apenas modernizaram a marca, conseguindo um efeito de boa visualização, mas usando tinta de mais. como se estivessem fazendo um layout num papel. A Rosa dos Ventos original ficou consagrada justamente pela simplicidade e beleza gráfica com a pintura gerando economia significativa no quesito peso do avião, um dos itens fundamentais na economia, sem perder a força do seu visual.

 

TORRE DE CONTROLE TEM ACERTADOR
Um pavoroso desastre
Coube ao variguiano Luiz Fernando Smidt responder todos os quesitos, acrescentando detalhes pertinentes, fazendo jus para Alfinete de Lapela Rosa dos Ventos, item valorizado por colecionadores – acervo de A Grande Família Varig – , com entrega prevista na Pizzaria Espaço Aéreo, que vêm juntar-se ao nosso Blog como patrocinadora de eventos, dando atenção especial aos variguinianos e seguidores que nos honram com a presença.

 

Textos novos no blog todas as 2ª/ 4ª/ 6ª-feiras. Durante a semana poderá ter intervenção do Variguinho/Tucaninho com Pitacos na 3ª/5ª-feira.
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EPISÓDIO DANTESCO NO PARQUE DE MANUTENÇÃO

EPISÓDIO DANTESCO NO PARQUE DE MANUTENÇÃO

O impacto no Super abastecido representava o fim da Varig, levando junto o Parque de Manutenção e todos nós, inclusive Berta.

Um episódio dantesco que repercutiu em todo o país, aconteceu no dia 14 de julho de 1956 em Porto Alegre, envolvendo o mecânico  da EVAER (Escola Varig de Aeronáutica) José de Deus Pinto – mecânico jovem de 22 anos, demitido por supostas irregularidades no cartão ponto. Ele não aceitou a decisão e ficou transtornado. Seu modo de agir já vinha sendo notado pelos companheiros com alguns transtornos de comportamento,
especialmente depois de um desentendimento com a namorada, que residia na cidade vizinha de Canoas nas imediações do aeroporto Salgado Filho.

Em pleno sábado a tarde ele se apossou de um pequeno avião de treinamento da escola – um North American AT-6 de prefixo PP-GOW, do qual tinha relativo conhecimento e foi para a pista. Fez uma decolagem todo enviesada, sem que ninguém tivesse tempo de abortar a subida. As emissoras de rádio, entre elas a Farroupilha, mais potente na época, passou a transmitir as peripécias do improvisado piloto. O comando da 5ª zona Aérea foi notificado e um avião semelhante foi acionado na tentativa de convencer o rapaz a desistir do seu intento e pousar, evitando a grave ocorrência com resultado imprevisível. Depois de algum tempo, já com pouco combustível, ele ameaçava jogar o avião de encontro ao Super Constellation PP-VDA, estacionado na frente do hangar, terminando o abastecimento, pronto para iniciar voo de linha algumas horas depois.

O PP-VDA,  na frente do hangar, abastecido para voo ,era o alvo certo para  a premeditada vingança, mesmo com o sacrifício da própria vida.
.

Na época, eu recém tinha ingressado na Varig. Fazia parte de um grupo de amigos, na sua maioria funcionários da empresa, que nos fins de semana se reunia para jogar futebol. Estávamos disputando uma partida, tranquilamente, no estádio Alim Pedro, no IAPI, quando tomamos conhecimento do fato. De imediato interrompemos o jogo e nos dirigimos apressados pra o Parque de Manutenção da companhia. Lá chegando encontramos nada menos do que a figura de Ruben Berta, agitado, nervoso, dando as mais estapafúrdias ordens, entre elas, a de que todos nós de mãos dadas formássemos uma corrente humana ao redor da aeronave, buscando persuadir o provável suicida a desistir do seu intento. Obviamente, ninguém atendeu aos apelos e ele desistiu.
Foi a primeira vez, provavelmente a única. que uma ordem de Berta deixou de ser cumprida, alias com justa razão.

Depois de atirar apaixonados bilhetes em direção a casa da namorada, o jovem decidiu pelo mais dramático – lançar o avião em direção ao Constellation como ameaçara concretizando o voo fatal. Errou a pontaria por poucos metros estatelando-se em um dos pilares de concreto do hangar, com morte instantânea. Os danos não foram irrecuperáveis porque o combustível já se havia esgotado; para nosso alívio. Teve um trágico fim e quase nos levou juntos. Lembro-me bem de um detalhe horripilante – na eminência do impacto, ele levou as mãos ao rosto, numa dramática despedida, realçando o espirito de preservação do ser humano. No dia seguinte, caminhando nas imediações do acidente encontramos, entre os destroços, pedaços de dedos deixando a lembrança de um quadro aterrador.

 

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AMANHÃ

AMANHÃ

O suicida apontava o bico do avião de treinamento da VAE, sequestrado, direto para o Super Constellation PP-VDA estacionado na frente do hangar, em Porto Alegre. Estava abastecido, pronto para viagem internacional e era alvo certo para uma vingança que não deixaria pedra sobre pedra. Eu vivi este episódio, testemunha ocular dos acontecimentos e vou contar detalhe por detalhe como tudo aconteceu.

A M A N H Ã

M A C A B R O

POR QUE PREFERIR?

POR QUE PREFERIR?

Cerca de cinco anos depois da campanha – SUA VIAGEM NÃO É UMA AVENTURA ainda havia resquícios de dúvidas de como a Varig lidava com os novos aviões da sua frota. Quando a Varig completou 20 anos de existência – Berta ainda mantinha na sua estratégia de comunicação os argumentos que mostravam, uma empresa altamente confiável. As dúvidas sobre a eficiência dos voos haviam arrefecido com a entrada dos Douglas DC-3, mas não haviam acabado. Os aviões ainda eram vistos como um instrumento de guerra. A Varig, entretanto, se insinuava com uma grande proposta, oferecendo seus serviços com elevado grau de qualidade.

A campanha “POR QUE PREFERIR? nasceu como argumento definitivo para acabar com todas as dúvidas. Um belíssimo folheto, na época a arma mais agressiva do marketing usado pela empresa, foi uma prova de como o assunto era tratado. Berta, o idealizador da peça promocional. mostrou com indisfarçável orgulho o padrão de serviço oferecido pela Varig – coisa que ficou sendo a marca inconfundível da empresa através dos anos. Destacou a importância da VAE (Varig Aéreo Esporte), que preparava o material humano para voo, contando com uma frota de 17 aviões de treinamento e 8 planadores, Deu detalhes sobre as oficinas de manutenção reconhecidas pela excelência dos serviços por técnicos nacionais e estrangeiros
Dentro do organograma de trabalho as oficinas de rádio comandadas pelo “gênio”(assim considerado por Berta) Erni Sillveira Peixoto, mantinha 20 estações em terra e outras tantas de bordo, zelando pela segurança de voo. Um mapa indicava a expansão das linhas, chegando até Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, alcançando Montevidéu. A beleza gráfica com desenho enfocando grupo familiar numa proposta de comunicação, buscava atingir um público seleto, voltado ao turismo e o lazer. O DC – 3 ficava em grande destaque. A figura do Ícaro, dentro de uma asa estilizada, marcava a comemoração da maior idade, valorizando os 20 anos festejados.

 

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Episódio marcante da história da Varig

Episódio marcante da história da Varig

POR QUE PREFERIR?

A chegada do Douglas DC-3 representou para a aviação brasileira um momento de afirmação abrindo o caminho para um crescimento desenfreado. Conforme Berta havia previsto, muitos. aventureiros totalmente despreparados criaram empresas fantasmas gerando clima de inquietação.

A Varig, por sua vez, mantinha um alto nível de atendimento beneficiando-se com o moderno equipamento disponível. Para marcar posição, Berta criou um magistral folheto de duas dobras falando da modernidade da nova máquina, explicando toda infraestrutura que cerca a realização de um voo nos tempos modernos. Lança revolucionário programa de férias oferecido ao grupo familiar, desmistificando receios infundados , oferecendo alta qualidade nos seus serviços.

PITACOS

Você sabia?

* Que apesar de ser um cidadão do mundo Berta não tinha ambição pessoal de riqueza?

* Que odiado por alguns e querido por muitos, não desprezava uma boa “briga” em defesa da Varig, da sua honra pessoal e da proteção aos seus colaboradores?

* Que o sonho de jornalistas na época, era sentar ao lado de Berta numa viagem mais longa e arrancar dele uma revelação inusitada? E que alguns conseguiram esse intento, como Justino Martins, da revista O Cruzeiro, ouvindo detalhes reveladores sobre a introdução do jato no Brasil, pela Varig, reforçada pela entrada do Boeing – 707 representando o sucateamento do recém-adquirido Super Constellation, numa revelação bombástica.

 

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Torre de Controle – QUEM SABE LEVA!

Torre de Controle – QUEM SABE LEVA!

O acertador da pergunta sobre – Um Pavoroso Desastre, será conhecido no próximo dia 14/06/21 (segunda-feira) fazendo jus à peça acervo do Blog – A Grande Família Varig.

Antecipadamente, agradecemos a participação na certeza de contar com a presença de todos vocês numa próxima edição da Torre de Controle – Quem sabe leva!

 

PITACOS

Berta traçou o plano de voo para conquistar o mundo no início dos anos 40. Em1942 fez o primeiro voo internacional para Montevidéu. Em 1946 chegou ao Rio de Janeiro. Foi uma década de grandes realizações. Mas o mais importante estava por acontecer.

* Em 1955, no voo inaugural Rio –Nova York, Berta passou a maior parte do tempo (a viagem durava 22 horas com três escalas) na copa-cozinha supervisionando o serviço de bordo – Não é favor atender bem ao passageiro. É ele que presta um grande favor quando nos procura, afirmava ele.

* Tudo o que Berta fazia, as atitudes que tomava, tinham sempre a marca indelével da sua forte personalidade. A carta que Juscelino Kubitschek lhe enviou em 22 de agosto de 1966, pouco antes de sua morte, bem reflete isso –  Foi o único homem que não nos pediu nada, não propôs nada, afirmou Juscelino e concluiu – Esperamos três dias para resposta a um convite irrecusável, que foi recusado. A Varig era sua vida e por ela morreu, levando junto sonhos e certezas.

Berta -Maestro da Grande Familia Varig (na versão de Nelson Jungbluth}

 

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Primeiro Voo Internacional

Primeiro Voo Internacional

A matéria do jornal divulga detalhes como o tipo do avião, preço da passagem, tempo de voo e dá a relação dos passageiros do voo inaugural. Da viagem participaram as seguintes pessoas: Como representante do governo do Estado, o Secretário da Educação: Dr. Coelho de Souza, o Oficial de Gabinete do Interventor Federal: Dr. Erico de Assis Brasil, como representante da Diretoria da Aeronáutica Civil do Ministério da Aeronáutica: o engenheiro Mozart Pinto Cordeiro, como representante da imprensa: Sr. Manoelito de Ornelas, diretor do “Jornal do Estado” e como representante da VARIG o Sr. Ruben Berta, diretor dessa empresa de navegação aérea.
(5 de agosto de 1942 – Correio do Povo)

VERDADE OU PEGADINHA?
Na relação dos passageiros nesse voo histórico existem dois nomes que foram presidentes da VARIG.

SIM OU NÃO? – Se for verdade, faça a revelação.

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A GRANDE PERGUNTA JAMAIS FEITA !

A GRANDE PERGUNTA JAMAIS FEITA !

A notícia que aconteceu e a mídia  nunca percebeu, mesmo tempos depois
do fato. Você sabe, realmente, qual o primeiro voo internacional realizado
pela Varig? Foi  sucesso ou fracasso? Uma rápida pesquisa dá o resultado.
Mas, o grande segredo nunca divulgado na imprensa coloca você no
paredão.
Será uma  verdade ou simples pegadinha?
AMANHÃ. NÃO PERCAM!
Desastre com o hidroavião “Santos Dumont”

Desastre com o hidroavião “Santos Dumont”

Como os grandes acidentes da Condor Syndicado usando os hidroaviões no Brasil, refletiram na Varig e na credibilidade do voo

Em apenas quatro anos (1928/1931) os hidroaviões da Condor sofreram uma sequência de graves acidentes, marcando a época do pioneirismo da aviação comercial no Brasil. Pela ligação histórica com a congênere alemã, a Varig, e a própria aviação comercial, que dava seus primeiros passos, perdia credibilidade. A recém nascida empresa gaúcha passou a divulgar a exaustiva e criativa campanha, para derrubar mitos e apreensões contra o medo de voar.

*No período de Otto Meyer com os hidroaviões Atlântico/Gaúcho e aviões terrestres (1927 até 1941) a Varig passou incólume, sem nenhum acidente fatal transportando passageiros.

 

Desastre com o hidroavião “Santos Dumont” inaugural doloroso ciclo que marcou a presença da Condor no Brasil

Considerado o primeiro maior acidente aéreo da aviação brasileira o hidroavião da Condor, precipitou-se na Baia de Guanabara (03/12/1928) após arriscadas evoluções, num voo em homenagem a Santos Dumont, que assistia ao evento a bordo do navio Arcona. Santos Dumont voltava de Paris, após seis anos, e seria recepcionado por intelectuais amigos, a partir de um avião que levava seu nome, de onde seria lançadas flores e objetos, incluindo uma carta de boas vindas. Outro hidroavião da Condor, o “Guanabara” veio juntar-se as comemorações, criando uma rota de colisão, evitada, mas que causou a tragédia. Pereceram 14 vítimas – cinco tripulantes e nove passageiros.

Tomado de profunda depressão, Santos Dumont cometeu suicídio, três anos depois.

 

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Amanhã – História nunca revelada

Amanhã – História nunca revelada

ESPETACULAR

Momentos de terror se sucedem, deixando um rastro de destruição.
Santos Dumont assiste estupefato a violência do choque: o hidroavião batizado com o seu nome, arde em chamas e com ele inúmeros amigos que vieram recepcioná-lo de seu retorno de Paris.
O final deste drama com suas consequência envolvendo a história da aviação, você vai saber AMANHÃ.

NÃO PERCA

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