Estava na hora do adeus ao DC-3. Para substituí-lo a Varig optou pelo HS -748, mais conhecido por AVRO, fabricado na Inglaterra pela Hawker Siddeley. Nos testes exigidos por Berta o avião demonstrou excelente performance – era robusto, com qualidade necessária para pistas não pavimentadas, com mínimo suporte de manutenção em terra. Berta foi magnânimo fazendo encomenda de 10 unidades. O Avro PP-VJN chegou na Varig em 14 de novembro de 1967. Quis o destino que ele já não mais estivesse entre nós.
Em 1970 o avião passou a ser exclusivo para os clientes gaúchos, atendendo as cidades de Porto Alegre, Alegrete, Bagé, Cruz Alta, Livramento, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana – prova de fôlego para a tripulação e de robustez para aeronave A Varig implantou o Credivarig e outras facilidades, o que resultou num acréscimo de 119% no aproveitamento, considerando o ano anterior
Na área de marketing foi criada uma estratégia sem similar no estado.
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Rumo a Copa do Mundo as delegações brasileiras primavam pela elegância no vestir
Nos primórdios da aviação brasileira, quando a Varig lutava para levantar voo com o hidroavião Atlântico, Meyer precisava ganhar espaço na imprensa, mas a verba era curta. O São José, de Porto Alegre, havia recebido convite para realizar um jogo na cidade de Pelotas, onde a Varig fazia voo de linha. Era tudo que Meyer queria. Seria novidade numa época em que o medo de voar ainda predominava. Pela escolha dos passageiros seria a certeza de repercussão na mídia, coisa que a Varig precisava. E, acertou na “mosca”.
Este ensinamento de Meyer ficou gravado na mente de Berta. O desenho da história passou como um relâmpago quando muitos anos depois, em 1958, os campeões mundiais retornavam da Suécia. Foram e voltaram num DC-7 da Panair. de prefixo PP-VDM, sendo recebidos de uma forma fantástica pelos torcedores em êxtase. O Brasil todo queria abraçar os seus heróis. A imprensa nacional e o resto do mundo repercutiu a chegada com manchetes espetaculares. A empresa aérea recebeu um diploma de honra ao mérito da CBD pela valiosa colaboração prestada, O episódio representava a integração da Panair com a cultura popular.
O regresso ao Brasil teve como trajeto Recife – Rio – São Paulo. sendo Porto Alegre contemplada dias depois com o retorno de Oreco (craque do Inter) ensejando grande recepção. Ele veio acompanhado de figuras notáveis como Didi e o capitão Belini, sentindo-e a ausência de craques como Pelé e Garrincha. O prefeito Leonel Brizola decretou ponto facultativo. Naquela segunda- feira (14 de julho) o aeroporto Salgado Filho ficou pequeno para receber seus campeões.
Do aeroporto a comitiva seguiu em carro aberto até o Estádio Olímpico do Grêmio, sendo recepcionada por mais de 10 mil torcedores vibrantes, por poderem ver de perto seus astros. Berta liberou o pessoal burocrático (eu estava entre eles) e se incorporou as comemorações. Sentindo a importância do evento sentenciou:
– A Seleção Brasileira tem que voar pela Varig.
O colega Waldemar Fonticielha, veterano de 47, assumindo as funções de relações públicas, com mais intimidade junto ao “velho”, afirmou baixinho:
– É, mas a Panair tem a primazia.
Ao que Berta respondeu, falando alto:
– Então vamos comprar a Panair.
A maioria deu um sorrisinho amarelo, mas quem o conhecia um pouco mais, sabia que ele não blefava. Foi, talvez, uma afirmação levada pelo entusiasmo do momento, mas que logo se torno realidade.
A Varig passou a ser a companhia aérea da Seleção Brasileira da Copa de 1962 no Chile até 2006 na Alemanha. Levou e trouxe a Delegação em quatro das cinco conquistas -1962, 1970, 1994 e 2002. Berta e Meyer faleceram no mesmo ano, 1966. Antes, tiveram o sabor de ver seus sonhos realizados.
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A grande imprensa nacional e pelo mundo assinalou com fartas manchetes a chegada do time brasileiro de futebol, campeão do mundo em 1958, transportado pela Panair. O país todo queria abraçar os seus heróis.
Berta sentiu a importância histórica que um fato dessa natureza representava. Na ocasião sentenciou:
– A Seleção Brasileira tem de voar pela Varig.
Quando alguém segredou:
– É, mas a Panair tem primazia.
O que Berta rebateu numa frase que soava impossível.
– Então vamos comprar a Panair.
Este episódio incrível, do qual fui testemunha, vai revelar como tudo aconteceu e suas repercussões. Como o ensinamento de Meyer com o hidroavião nunca foi esquecido, ganhando uma mídia que jamais podia alcançar com os cofres vazios da pequena Varig. Meyer ensinou. Berta aprendeu.
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RELÍQUIA HISTÓRICA NO VOO INAUGURAL PARA NOVA YORK
Quando recebeu de Getúlio Vargas, em 1953, a concessão para a linha de Nova York, grande aspiração de Berta, teve inicio uma série de ações concretas capaz de transformar a pequena Varig numa companhia de porte internacional. Afinal, enfrentar uma gigante como a Panam, era um desafio capaz de desanimar, palavra que não existia no vocabulário daquele que viria a tornar-se o maior líder da aviação comercial brasileira de todos os tempos.
Berta pensava grande e previa o futuro. Ele sempre acompanhou de perto a evolução da tecnologia aeronáutica mundial nasceu daí a criação da Diretoria de Ensino, destinada a qualificar seu pessoal. Com a EVAER – ( Escola VARIG de Aeronáutica) formava os pilotos. Com a ESVAR ( Escola Senai Varig) os mecânicos. Dedicando ainda atenção especial para os comissários de bordo, então ganhando reforço com a entrada do naipe feminino
RELÍQUIA HISTÓRICA
Uma tradição seguida à risca beneficiou Otto Meyer, no primeiro voo para Nova York, com o Super Constellation PP- VDA. em 1955. Quando a aeronave cruzava a linha de passagem do Equador os membros da tripulação ofereciam aos passageiros (como se tornaria praxe) o Certificado de Batismo – rito equivalente quando da primeira travessia que alguém faz no Círculo Polar Ártico.
O documento original, verdadeira relíquia histórica, foi descoberto no arquivo pessoal de Meyer liberado pela família quando da preparação do livro Berta Os Anos Dourados da Varig. Representava um momento de atenção e congraçamento premeditado para assinalar o evento com uma lembrança eterna de um momento mágico, especialmente para quem, pela primeira vez, participava de um voo internacional pelas asas da Varig
Na época, Otto Meyer já era membro do Conselho Administrativo da Varig, desde 1948, quando retornou aos quadros da empresa, após o término do conflito mundial. Posteriormente, dez anos depois, foi guindado a presidência deste mesmo Conselho, função que ocupou até sua morte, em 1966, ano em que também Ruben Berta veio a falecer.
A grande dúvida reside no fato de Meyer, o grande idealizador e fundador da Varig, jamais ter postulado o cargo de presidente da companhia como normalmente deveria reivindicar. Àqueles que leram o livro encontraram a resposta, até agora aceita sem restrições, mas que poderá ser contestada quando debatermos o assunto pelo nosso Blog ( ou quando decidir ter esta obra premiada – já esgotada nas livrarias em 2ª edição, nas próprias mãos).
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Em 1955, o primeiro voo da Varig para Nova York, feito pelo Super Constellation PP -VDA, ficou marcado pela tradição de uma cerimônia que contemplava os passageiros com Certificado de Batismo, da travessia na linha de passagem do Equador. O raro documento, belíssimo, entregue a Otto Meyer, presente neste voo histórico, foi resgatado do seu arquivo pessoal, liberado pela família durante investigação para o livro Berta Os Anos Dourados da Varig .
Na matéria, é levantada uma questão fundamental na história da Varig, versando sobre a atuação de Meyer após sua volta com o término da 2ª Guerra Mundial, repleta de interrogações e muitos Por que ? até hoje coberto por uma nuvem cinza.
AMANHÃ
UM FATO HISTÓRICO E MUITAS INTERROGAÇÕES
VALE A PENA CONFERIR !
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Dentro dos planos de Meyer a fusão com a Condor eram favas contadas, nascendo daí uma nova empresa com outro nome e outra sigla – como ficara acertado com a Lufhansa em Berlim. Meyer tinha convicção de que jamais poderia levar avante seus planos, sem contar com a experiência, infraestrutura técnica e financeira de um parceiro internacional.
O período em que a fusão estava sendo costurada foi marcado pela realização de voos conjuntos onde as marcas Varig – Condor assinavam peças criativas, dando a entender que tudo caminhava para um final feliz. Realçando a chamada – Serviço Mutuo – apareciam os logotipos das duas empresas enfatizando segurança, regularidade, economia e simplicidade.
O assunto vai ser abordado mais tarde com detalhes em nosso Blog, contando a participação secreta de Meyer com Oswaldo Aranha, nas entrelinhas da Revolução Liberal e seu engajamento, levando o Governo do Estado a assumir o controle acionário da empresa com frota própria, fato considerado estratégico para a causa. A Varig devolveu os hidroaviões para a Condor e passou a focar suas atividades nos aviões terrestres, recebendo o apoio das cidades do interior gaúcho na preparação dos campos de pouso.
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A VARIG então recém fundada (7/5/27) acabara de se desfazer da frota dos Hidroaviões, com o afastamento do Syndikat Condor, tendo o Governo do Estado assumido a compra das ações, ficando responsável pela introdução dos aviões terrestres, o que tardava a acontecer O desinteresse do Estado em cumprir o acordo transformava a Varig numa empresa aérea sem aviões, ameaçada de extermínio.
Em 15 de agosto de 1930, a cidade foi sacudida com o roncar do primeiro avião da Varig. Era um Junker JR 80 pilotado por Franz Nuelle, tendo como passageiro, o diretor Otto Ernest Meyer. Um público entusiasmado recepcionou os visitantes e a cidade viveu um clima de festa, Depois do reparo em um dos pneus foram feitos voos panorâmicos sobre a cidade,
A Varig passou a realizar dois voos semanais (23/ 02/;31), agradando a todos mesmo que fosse para um só passageiro, correspondência e pequenos volumes. Tudo parecia normal, quando sério desastre ocorreu. Perecendo o piloto da Varig em treinamento – Johan Kart Grave, ficando o instrutor cmte. Franz Nuelle gravemente ferido sendo necessário a amputação de uma das pernas. Estava novamente a Varig sem avião e também sem piloto, ameaçada de extermínio.
Empolgada com a possibilidade de usufruir do moderno meio de transporte (já havia oferecido campo de pouso com abrigo), a população de Santa Cruz do Sul via morrer a grande iniciativa. Ao invés de simplesmente lamentar, os cidadãos santa-cruzenses uniram-se em grande mutirão reunindo milhares de assinaturas num documento público entregue em mãos ao presidente do Estado, general Flores da Cunha, em Porto Alegre, com amplo arrazoado. Tal atitude sensibilizou os dirigentes. Depois de várias idas e vindas, finalmente, as novas máquinas foram adquiridas e entregues para a Varig.
A chegada do primeiro Junkers F-13 foi sucesso absoluto, levando no dia 10 de abril de 1932, uma multidão de curiosos ao aeroporto para saudar a tripulação. O sentimento de euforia contagiava o povo, comemorando uma nova era de progresso; Em agradecimento Otto Meyer teve um gesto grandioso. batizando a aeronave com o nome de Santa Cruz.
A ligação foi tão forte com a região e a confiança depositada no caráter de sua gente, que a Varig foi buscar lá o companheiro fiel e dedicado Harrry Schuetz, certamente, dentro da era Berta uma das, figuras mais importante da Varig e da aviação comercial brasileira.
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Na época da introdução da aviação comercial nos voos terrestres, com a saída dos hidroaviões da Condor, a Varig ficou uma empresa aérea sem aviões, pronta para morrer, antes mesmo de ter nascido. Santa Cruz do Sul foi protagonista de um episódio histórico, marcando a participação da sua comunidade. impedindo o desastre eminente,
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Meyer e Berta nunca esqueceram. Como homenagem deram o nome de Santa Cruz ao primeiro Junker F-13
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Como tudo aconteceu, você vai saber amanhã no BLOG de todos vocês, que como a Varig, chega antes para servir melhor
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VARIG – ACIMA DE TUDO, VOCE!
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Durante datas especiais, como na Semana da Asa, a Varig abria os portões do seu enorme Parque de Manutenção, nos Estaleiros de São João, para visitação pública, chegando a receber cerca de 10 mil visitantes num fim de semana; O evento era aguardado com expectativa geral, deixando as pessoas, encantadas com o que viam. Tinha um DC-3 exposto para as crianças entrarem, sentarem-se nas poltronas, dar uma de piloto na cabine de comando e tirarem fotos com os pais. É lembrança que muitos deles guardam até hoje, para mostrarem aos filhos. Os próprios funcionários serviam de cicerone, permanecendo em seus locais de trabalho, explicando com orgulho cada detalhe das suas atribuições. Eles não recebiam nada por isso, e nunca postularam qualquer hora extra. No dia seguinte a diretoria oferecia uma grande churrascada, feita pelos mesmos funcionários, com a presença de familiares, numa concentração emocionante da Grande Família Varig
Depois, com a criação do Museu Varig, em 1971, as visitas passaram a serem semanais, dirigidas, especialmente para alunos de colégios locais. Era a forma de captar a simpatia, buscando resultados futuros além do projeto pedagógico. A Propaganda, junto com as professoras, criou um concurso de redação sobre as visitas, distribuindo prêmios aos alunos mais aplicados, o que lhes dava grande prestígio e repercussão junto aos colegas e a direção dos estabelecimentos estudantis.
Seguidamente, nos anos 60, autoridades civis e militares, incluindo altos mandatários do país e do exterior, eram recepcionados por Berta no Salão Nobre, ou no Ginásio de Esportes. Neste caso, com menor cerimônia num ambiente mais descontraído, o cardápio era churrasco de picanha e costela gorda, feito pelo Maratá, da Fundação, um craque no assado, tendo como sobremesa espetacular apresentação do CTG Pagos da Saudade formado pelos próprios funcionários da companhia.
Na época de Erik de Carvalho estes encontros se repetiam com menor frequência. porque os grandes hangares de manutenção foram deslocados para Rio e São Paulo , junto com a Diretoria. Porto Alegre continuou mantendo alto grau de eficiência técnica , inclusive criando a VEM (Varig Engenharia de Manutenção), atendendo serviços para grandes jatos de empresas congêneres no Brasil e no mundo.
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