O amor proibido
No baile de máscaras da Sociedade Germânia se encontraram pela primeira vez a bonita e charmosa viúva Olga Mostardeiro Gertum, de 35 anos e Otto Ernest Meyer, de 28. Uma paixão avassaladora tomou conta dos dois e nem o fato de ela ter quatro filhos menores, nem a oposição paterna impediu que os dois se casassem em outubro de 1926. Como Meyer não tinha absolutamente recursos para fundar uma companhia aérea, Hugo Gertum, o sogro, suspeitava que houvesse outro interesse no casamento.
Ao mesmo tempo, “A Federação”, órgão oficial do Partido Republicano e do governo, chamando Meyer de “sonhador” publicava um edital, acusando-o de “picareta”. A origem de toda a oposição estava em Hugo Gertum, sogro de Meyer, que não aceitava o casamento deste com sua filha, Olga Mostardeiro Gertum, viúva, com quatro filhos menores, da abastada família. O jornal expressara a opinião comum – ninguém acreditava em companhia de aviação e muito menos em resultados financeiros imediatos ou futuros. Embora, o fato o magoasse profundamente, Meyer manteve-se inabalável nos seus propósitos – Sonhos fantásticos não há mais em aviação, pois os fatos o provam frequentemente, afirmava ele.
Otto e Olga continuaram apaixonados durante os dez anos que durou o casamento, quando ela faleceu. Ele, jamais recebeu um centavo do sogro. Acabou fundando do nada uma companhia aérea como se determinara. Olga acompanhou o período mais difícil de sua formação. Do casamento tiveram duas filhas: Irmgard e Mariette.